terça-feira, 11 de abril de 2017

Brianna - Capítulo II



Hello Guys! Voltamos com mais um capítulo, dessa vez Brianna vai conhecer o super gato e bem sucedido Peter!

Vamos ao capítulo:


*4 anos depois*
O apartamento em Londres era confortável, melhor do que qualquer coisa que meu pai já havia feito por mim. Dois quartos, sala, cozinha e um pequeno cômodo vago que eu não sabia no que transformar. Quarto andar, de frente para a estação de trem museu recém reformada — um pouco barulhento, por ser o centro da cidade — e com toda a avenida e campos a vista.
Os móveis novos se misturavam com as caixas ainda fechadas. Eu não deveria ter trazido tanta coisa para esse novo apartamento, mas não podia deixar todos os quadros que Alex havia feito para mim para trás. Meu pai e eu estávamos tendo brigas frequentes por causa de Alex nos últimos meses, ele insistia em dizer que eu não deveria andar com “um qualquer” como Alex, que não tinha emprego e nem família. Isso não era nem um pouco verdade, Alex tem família — eles estão na Itália — ele manda dinheiro para eles todo mês. Dinheiro que ganha com seu trabalho como pintor. Eu vivia insistindo para ele me deixar lança-lo como artista, mas ele sempre teimoso acabava dizendo que preferia viver sua arte livremente — e o dinheiro que ele ganhava vendendo os quadros nas galerias e centro de Londres dava para ele se sustentar e mandar dinheiro para a família sem maiores preocupações. Mas meu pai não entendia isso e vivia dizendo que daria um jeito, é claro que eu acabava gritando com ele e rebatendo todos os seus argumentos, mas enquanto ele me sustentar eu precisarei acatar suas ordens.
— Essas são as últimas caixas, Srta. Montez.
O carregador estava colocando a ultima caixa na menor das pilhas.
— Obrigada! Aqui está — dei uma quantia generosa ao homem e fechei a porta assim que ele a atravessou em direção à saída.
Quando me virei em direção à sala percebi o quão ferrada eu estava. Aquela bagunça toda e a quantidade imensa de caixas para desempacotar, e tudo seria trabalho meu. Me joguei no sofá bege e fitei o teto, com toda a coragem se esvaindo de mim.
Foi aí que meu celular tocou.
— Alô?
— Brianna? Onde você estava? Te liguei umas dez vezes.
Era Peter, meu romance secreto.
— Oi Pete — apelido carinhoso. — Estava fazendo a mudança.
— Ah! É mesmo. Eu tinha me esquecido que você se mudaria hoje — a voz dele soou um pouco desanimada. — Você deve ter listas e listas de coisas para colocar em ordem, não?
Eu sorri com aquilo. Peter tinha um jeito de falar que me deixava meio boba, quase que como uma donzela apaixonada, mas isso só por dentro, pois eu nunca deixava ele saber desse efeito que ele causava em mim.
— Sim, eu tenho — confirmei. — Mas no momento estou jogada no sofá novo tentando fazer nascer à coragem necessária para fazer isso.
Ele deu risada com a brincadeira.
— Eu estava pensando em te chamar para almoçar no (). Por isso te liguei.
— Eu tenho uma mochila cheia de guloseimas aqui. Se você não se importar com a bagunça, quiser comer besteira com sua pessoa favorita no mundo e não tiver mais nada para fazer esta tarde...
— Aceito — ele disse como se estivesse aceitando um pedido de casamento. O que pareceu confirmar minha hipótese de que ele queria me ver de verdade, não só passar o tempo.
— Então, você é meu primeiro convidado no novo apartamento. (Endereço).
— Chego aí em vinte minutos.
Peter e eu tínhamos um caso desde que nos conhecemos há dois anos. Eu estava indo passar a tarde no escritório do meu pai, simplesmente porque ele havia me prometido um jantar e eu sabia que teria que ir busca-lo, caso contrario ele me daria o cano. Acabei que naquele dia fiquei ajudando a secretária da diretoria, Diana, ela estava super atarefada e com muitas reuniões agendadas então me deixou encarregada de alguns papeis e organização de relatórios. Foi quando eu vi no canto da mesa um envelope com um post-it escrito “Relatórios – entregar ao Sr. Peter Stone”. Pensei na coitada da Diana, que teria que entregar mais isso quando voltasse das reuniões, então pesquisei no sistema quem era o tal Peter Stone, acabei descobrindo que ele era diretor, então a sala dele não devia ficar longe.
— Ísis — chamei a menina que ficava algumas mesas à frente. — Onde fica a sala desse tal de Peter Stone?
— Logo ali, virando no corredor a esquerda. É a terceira sala depois da galeria — respondeu.
— Obrigada.
Então me direcionei a tal sala. A tal galeria era extremamente silenciosa, exibia todos os grandes prêmios que a empresa do meu pai já havia ganhado, e era cercada por salas de reuniões, uma sala de gerência e a tal sala do Sr. Peter Stone ficava ao lado de um quadro da época da Vanguarda, o nome dele estava em uma plaquinha cinza na porta.
Bati de leve e ouvi um “pode entrar” em tom simpático.
Ele estava de costas para a porta. O escritório era espaçoso, o qual cabia um sofá, uma pequena mesa com cadeiras, um espaço com frigobar e um mini forno e um sofá com uma mesinha e café, tudo isso um pouco afastado da área desk top. Vi o topo da cabeça por trás da grande poltrona e percebi que ele era loiro, não vi resquícios de cabelo branco ou coisa assim.
— Com licença, Sr. Stone. Eu trouxe esses relatórios para o Sr. assinar.
Ele se virou e imediatamente toda a sala desapareceu e ele virou o foco total naquele lugar. Quase falei um palavrão ali mesmo, que homem bonito. Cabelos castanhos claríssimos e olhos verdes como esmeraldas, uma boca pequena e os traços do rosto tão delicados e bem delineados. Ele até parecia ter saído de uma daquelas histórias de contos de fadas.
Apesar de ser um diretor, ele não parecia ter mais de trinta e cinco anos, naquela época eu não passava dos vinte. Fiquei imaginando se ele era uma daquelas pessoas que são mais velhas do que aparentam, mas isso eu iria descobrir mais tarde, não por escolha minha, mas por escolha do destino.
Ele não pareceu me reconhecer como a filha do presidente da empresa, pois me tratou como se eu fosse uma garota comum.
— Obrigado — disse gentilmente.
Entreguei o envelope a ele. Ele retirou os papeis que havia dentro, deu uma boa olhada, então disse:
— A Diana está de férias?
— Não, ela está em reunião. Estou apenas ajudando ela hoje.
— Hum... — ele agora estava me analisando, literalmente, da cabeça aos pés.
Acho que a roupa que eu estava vestindo contribuiu para isso. Como eu era filha do presidente, não me importei muito em vestir algo formal nem nada. Apenas coloquei um short jeans que batia um pouco acima das coxas e uma regata branca um pouco larguinha. Deixei meu cabelo solto e calcei botas coturno na cor bege. Naquele momento eu desejei estar vestindo algo um pouco mais sensual, porque o olhar dele não foi um simples olhar. É claro que ele disfarçou o máximo que pode, mas eu era muito melhor observadora que ele.
— Eu não vim trabalhar aqui, quero dizer, definitivamente — disse para quebrar o silencio. — Só estou aqui hoje.
— Entendi. Você é nova em Londres ou está conhecendo algo na empresa?
— Trabalho da faculdade — menti.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— O que você estuda?
— Jornalismo, este trabalho é sobre a vida nos grandes escritórios.
Ele se levantou da poltrona e andou na minha direção. Agora sim eu fique totalmente deslumbrada. Ele era extremamente alto, eu batia apenas nos ombros dele. E com certeza havia músculos por baixo daquela camisa e gravata.
— Bem, eu estou indo almoçar agora. Acho que posso contribuir para esse seu trabalho, se você me acompanhar — ele me fitou.
— Isso seria ótimo — eu o fitei de volta.
Uma das minhas melhores habilidades era a interação perfeita com o sexo masculino. Não quero me gabar nem nada, mas eu mandava muito bem quando queria algo. E eu queria algo.
Não vou negar que havia uma tensão sexual entre nós, porque havia. Mas eu apenas veria aonde isso iria dar. Quando chegamos ao pequeno bistrô ao qual ele me levou eu apenas pedi um suco e algumas torradas, enquanto ele pediu uma salada acompanhada por batatas cozidas e peixe frito.
— Então...
— Você pode começar me descrevendo sua rotina — eu disse.
— Desde que eu acordo? — ele me deu um olhar sugestivo, eu apenas sorri.
— Por favor.
— Eu costumo levantar antes das cinco, escovo os dentes, tomo café com torradas enquanto checo meus e-mails. Normalmente eu saio de casa as seis ou sete horas, gosto de assistir o jornal da manhã — ele deu uma mordida no peixe. — Não gosto de dirigir até o trabalho, por causa do transito, então pego o metrô.
Primeiro fato sobre Peter — além dele ser mega gato — ele é um cara simples.
— Quando chego à empresa não entro pelo portão principal, pois sempre tem alguém querendo um favor e eu nunca quero ouvir esse tipo de coisa de manhã. Sempre vou direto para o escritório e...
Enquanto ele falava, tudo o que eu conseguia pensar era em como menti descaradamente. Tudo para não dizer que eu era filha do chefe dele, do todo poderoso. Não me recordo do restante de suas palavras, apenas de terminarmos o almoço e voltarmos caminhando para o escritório. Ele pediu meu telefone naquele dia, pois estava saindo em uma viagem de negócios e “queria saber sobre o trabalho”.
— Eu acabei que nem perguntei seu nome. Desculpe-me.
— Não tem problema — sorri de leve. — Me chamo Brianna.
Ele me olhou nos olhos quando ouviu meu nome. Ah não! Ele não poderia saber quem eu sou, poderia? Minhas mãos tremeram um pouco, mas logo a sensação passou. Mais precisamente quando ele disse:
— É um bonito nome.
— Obrigada! Só preciso de mais uma informação sobre você, para a ficha-técnica.
Menti mais uma vez, eu ainda precisava saber se ele era mesmo muito mais velho do que eu.
— Pode perguntar.
— Preciso da sua idade e estado civil — ele pareceu sorrir um pouco, um sorriso maroto. Mas não deixou aquilo tomar conta da situação e logo me respondeu.
— Trinta anos, solteiro!
Bingo! Eu sabia que ele não poderia ser assim tão velho. Ele ficou na recepção atendendo um sócio que havia acabado de chegar e eu voltei para a mesa da Diana.
— Aonde você foi? — perguntou ela em tom descontraído.
— Apenas almoçar — respondi no mesmo tom. — Achei que você demoraria mais na reunião, então acabei indo antes.
— Não tem problema, eu não vou almoçar hoje. Vou apenas pedir algo para comer aqui mesmo.
Ela parecia cansada e desgastada, o que era muito ruim para uma pessoa que beirava os vinte e cinco anos.
— Você precisa urgente de uma assistente. Por que não pede por uma?
— Não tive tempo de fazer isto, estou para marcar uma reunião com o Sr. Stone. Ele que cuida da aprovação das novas contratações do setor.

Achei estranho aquilo, mas depois entendi que Peter apenas assina as petições e concorda com os orçamentos. Mas o que que realmente interessa é como eu e Peter começamos a nos relacionar mesmo, e aquilo aconteceu naquela mesma noite.


É isso aí, pessoal! Não se esqueçam de comentar e compartilhar!
Bjos!

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